Rabiscos do que sou, do que estou, do que desejo e não é mais ou o que pode ser. Quem sou eu? Quem estou? Quais homônimos, etc e tal me constroem? Enigmas...decifra-me...SERÁ POSSÍVEL? O espaço de meus espaços internos, externos, outros, outrem, de tantas vidas vividas. Verborragias poéticas que fazem parte de mim desde que meu mundo é mundo.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Desabafo
Tenho uma história... sou artista que dança pela vida desde antes de pisar nessa terra. Dei saltos, giros em palcos que só ocupavam meus sonhos e tornaram fatos reais. Aos 6 anos o inicio, aos 16 a maturidade, dos 18 aos 28 o auge. Ufa! Precisei respirar, mudar o sotaque, a pesquisa, os prazeres do movimento, a Dança. Sou artista, dançarina, pesquisadora do movimento, receptiva e concretizadora dele. Hoje ele se processa de forma tão singular!... Não precisa esforço, ele está ali, pronto, registrado como nunca antes, pois o que é Dança faz parte, punto e basta. Tantos atos, tantos espetáculos, tantas coreografias... E agora me angustio pelos primeiros passos nos caminhos das notas musicais. Um mundo em que diferente do primeiro, tão dificil encontrar apoio... Nossa...Tantos mundos particulares... Parecem se bastar. Ai que saudade do coletivo... Da troca...Do diálogo... Gostaria agora de nascer de véspera para esta arte que sempre esteve a serviço e agora quer nascer como em um susto. Como um grito às 04:00 da manhã, naquelas madrugadas surdas pelo silêncio. Pena depender da crença alheia (pena ter que sempre depender) que inexiste nesse momento até para aquela arte que me sustenta desde antes de nascer. Eles me viram nascer agora. No máximo tenho para eles 2 anos de idade. Não sabem das outras vidas da minha vida, não sabem dos caminhos que trilhei, construi... Então, quero muito acordar amanhã e gritar do fundo da minha alma: FODA-SE!!!!!!
sábado, 25 de setembro de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
Falando as Avessas.
Antes costumava falar comigo
Ou com as paredes
Ainda falo comigo
E as paredes gritam
Por cores
Preto e branco
Antes eram cores de ontem
E transbordavam da alma
A salivação de algo inconstante
Hoje continuo falando comigo
E gritando com as paredes
Elas escrevem histórias
Dignas de um autor letrado
Que não sabendo falar de si mesmo
Compara seu ninho
Ao romper das borboletas
Se elas pousassem na minha janela
Com mais frequência que antes
Hoje eu escreveria...
Escreveria...
Ouviria...
Experimentaria...
Histórias pretas e brancas
Em paredes de borboletas
Nascidas de uma vida
Inacreditável por esconder
Na "não cor"
Tanta beleza
Antes costumava falar comigo
Ou com as paredes
Ainda falo comigo
E as paredes gritam
Por cores
Preto e branco
Antes eram cores de ontem
E transbordavam da alma
A salivação de algo inconstante
Hoje continuo falando comigo
E gritando com as paredes
Elas escrevem histórias
Dignas de um autor letrado
Que não sabendo falar de si mesmo
Compara seu ninho
Ao romper das borboletas
Se elas pousassem na minha janela
Com mais frequência que antes
Hoje eu escreveria...
Escreveria...
Ouviria...
Experimentaria...
Histórias pretas e brancas
Em paredes de borboletas
Nascidas de uma vida
Inacreditável por esconder
Na "não cor"
Tanta beleza
domingo, 11 de abril de 2010
Abençoada Sois.
A Banda Matilda
Espera,
Da vida
Quem pensa,
Me diga
Melodia.
Cheiro de flor no ar,
Compositor de cór
Dos passos da letra
Papel menor.
Quem diria?
Quem te conheçe,
Não compra,
Se vende.
Entrega a alma.
Abençoada sois!
Jardim rogado,
Benzido e rezado.
Ah! minha preta!
Preta Fulôr.
Espera,
Da vida
Quem pensa,
Me diga
Melodia.
Cheiro de flor no ar,
Compositor de cór
Dos passos da letra
Papel menor.
Quem diria?
Quem te conheçe,
Não compra,
Se vende.
Entrega a alma.
Abençoada sois!
Jardim rogado,
Benzido e rezado.
Ah! minha preta!
Preta Fulôr.
Fase crescente, da cor.
À Cris Aflalo.
Cores, cores, cores...
E mais cores...
Sem dores,
Amarela Ela.
Roda sua saia crescente,
Cigana batendo pé.
Bate pé e canta.
Coberta está ela
Das palmas de seus ancestrais.
Cores, sem dores,
Dores das cores.
Dores mil cores.
Sorrisos Amores,
E flores.
Quem sois?
Tu és.
E por si só,
Porém,
Não mais só
Se basta
Batizada Flor.
Cores, cores, cores...
E mais cores...
Sem dores,
Amarela Ela.
Roda sua saia crescente,
Cigana batendo pé.
Bate pé e canta.
Coberta está ela
Das palmas de seus ancestrais.
Cores, sem dores,
Dores das cores.
Dores mil cores.
Sorrisos Amores,
E flores.
Quem sois?
Tu és.
E por si só,
Porém,
Não mais só
Se basta
Batizada Flor.
Reencontro
No meu sonho
Passeavas tu como antes,
Abraços, saudoso abraço
De quem jamais esqueçe.
Abraço que felicitou
Neste dia ensolarado
A ausencia presente
De ti
Irmã, amiga, companheira
Quiça um dia amante
Levei-te as lágrimas
Que em mim hoje rolam
Por ter sido eu
Mais um no seu caminho
Mas o reecontro...
Permitiu-me abraçá-la
Pelos dribles do meu inconsciente
Ciente de sua distância
Porém,
Liberto pelo desejo seu
Da amizade nossa.
Gabriele Generoso
Passeavas tu como antes,
Abraços, saudoso abraço
De quem jamais esqueçe.
Abraço que felicitou
Neste dia ensolarado
A ausencia presente
De ti
Irmã, amiga, companheira
Quiça um dia amante
Levei-te as lágrimas
Que em mim hoje rolam
Por ter sido eu
Mais um no seu caminho
Mas o reecontro...
Permitiu-me abraçá-la
Pelos dribles do meu inconsciente
Ciente de sua distância
Porém,
Liberto pelo desejo seu
Da amizade nossa.
Gabriele Generoso
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Ela... Eu... E ele?
Ela hoje está linda. Mesmo por trás de tantas nuvens carregadas de chuva, seu brilho está lá. Você viu Ela hoje? Costumava-mos nos perguntar, ou simplesmente telepatizar. Radiante escondida na sombra da minha saudade de dizer sobre Ela a você. Aliás, isso não precisava. Nunca precisou. Dialogava-mos a distâncias bem maiores, ao menos geograficamente, por e atravéz Dela. Quatro fases...Ela está cheia de não sentir seu cheiro, de não sentir seu abraço, de não sentir seu gosto de amizade. Quando Ela se mostrar novamente...Ela senti comigo, Ela é cumplice em todos os momentos. Porém ja avisei a Ela pra não fazer como eu, sinta o que Lhe cabe e de mais ninguem. Mandei um beijo a você como um recado no raio de Sua luz que bater na janela do seu quarto. Mas preste atenção, pois por me respeitar, Ela mostrará esse feixe e se esconderá novamente, respeitando seu tempo rápido, curto de receber parte do beijo. Ela vai bem... E continuará lá. Eu continuarei cá e lá. E você? Passará como os outros passarinhos? Amo, por mais que tudo diga e grite o contrario, Ela sabe. Quando puder perguntar, Ela irá contar tudo, porque brilha todas as noites na minha janela, mesmo que por trás das nuvens, mesmo com tanta chuva...mas está lá. Distante em raio um maior que a velocidade da luz, porém tão perto...que vontade daquele abraço, daquele cheiro...
quarta-feira, 31 de março de 2010
Texto publicado no jornal Tribuna de Minas em 31/03/10, coluna Eu Fui.
O quarteto formado por Amanda Martins, Bia Nascimento, Fabricia Valle e Juliana Stanzani deixou mais uma vez seus seguidores, curiosos e novos adeptos de poros abertos e alma agradecida na última quinta-feira no evento Quitanda Cultural, organizado e coordenado por Cibele Lopes no Cultural Bar. A somatória dessas quatro artistas juizforanas e de seus ideais musicais, percepções harmônicas e melódicas e o pensamento sobre a respeitada sonoridade mineira, deu início, em 2007, à Banda Matilda.
As quatro flores, alimentadas pelas águas da percussão, voz, violão, flauta e tantas outras possibilidades, não economizaram em pesquisa, estudo e musicalização das tradições da musicalidade mineira da Zona da Mata que as abriga, bem como de compositores também juizforanos, como Dudu Costa e Lucas Soares. Elas seguem o nosso horizonte montanhoso, indo além para tantas outras influências, como Milton Nascimento e Cris Aflalo, sem se esquecer das heranças do congado, do maracatu, do congo e por aí vai.
Nesse show, foi arrepiante ouvir novamente a canção “Antes do acaso”, momento em que seus seguidores esperavam ansiosos depois de quase um ano sem ouvir a música pela qual fui apresentada à banda no Corredor Cultural em 2009. No palco do Cultural, pude mais uma vez apreciar o Relicário Matilda que se estrutura em uma criatividade quase asfixiante de suas componentes. É perceptível a doação de cada uma delas aos arranjos e letras ressaltando as especificidades de sua relação com a nossa terra, retificando em cada aparição sua competência, encantamento e deixando claro a que vieram.
No mais, está a dedicação a canções autorais, a meu ver, como forma de dizer a sua verdade musical enquanto grupo fazedor de MPB - Música Popular Boa. A banda Matilda foi responsável pelo encerramento da noite, que teve como ponto de partida a Banda Primata e a já conhecida Lúdica Música completando com responsável maestria o mosaico sonoro da Quitanda para lá de cultural. Quem pensa que o Cultural estava vazio às 3h, quando Matilda entrou no palco, está mais que enganado. Quem conhece não iria perder e quem não conhecia ficou para entender a insistência dos amigos no convite para ouvir músicas como “Patuá” (que dará nome ao CD da banda), “Dona Elzira”, “Margarida” e outras.
Gabriele Generoso, bailarina
As quatro flores, alimentadas pelas águas da percussão, voz, violão, flauta e tantas outras possibilidades, não economizaram em pesquisa, estudo e musicalização das tradições da musicalidade mineira da Zona da Mata que as abriga, bem como de compositores também juizforanos, como Dudu Costa e Lucas Soares. Elas seguem o nosso horizonte montanhoso, indo além para tantas outras influências, como Milton Nascimento e Cris Aflalo, sem se esquecer das heranças do congado, do maracatu, do congo e por aí vai.
Nesse show, foi arrepiante ouvir novamente a canção “Antes do acaso”, momento em que seus seguidores esperavam ansiosos depois de quase um ano sem ouvir a música pela qual fui apresentada à banda no Corredor Cultural em 2009. No palco do Cultural, pude mais uma vez apreciar o Relicário Matilda que se estrutura em uma criatividade quase asfixiante de suas componentes. É perceptível a doação de cada uma delas aos arranjos e letras ressaltando as especificidades de sua relação com a nossa terra, retificando em cada aparição sua competência, encantamento e deixando claro a que vieram.
No mais, está a dedicação a canções autorais, a meu ver, como forma de dizer a sua verdade musical enquanto grupo fazedor de MPB - Música Popular Boa. A banda Matilda foi responsável pelo encerramento da noite, que teve como ponto de partida a Banda Primata e a já conhecida Lúdica Música completando com responsável maestria o mosaico sonoro da Quitanda para lá de cultural. Quem pensa que o Cultural estava vazio às 3h, quando Matilda entrou no palco, está mais que enganado. Quem conhece não iria perder e quem não conhecia ficou para entender a insistência dos amigos no convite para ouvir músicas como “Patuá” (que dará nome ao CD da banda), “Dona Elzira”, “Margarida” e outras.
Gabriele Generoso, bailarina
segunda-feira, 29 de março de 2010
Quanto vale? É por quilo? Medida?... Será que vale?
Amigos? Sólidos em meu coração. As palavras escritas no tempo... possível apagá-las? Amigos. A distância não afasta, a maldade tão pouco destrói. Como pode haver maldade? Como pode destruir? Sólidos...sólidos...sólidos... em minha memória fragil e solitária do sentimento daquele amigo.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Sobre Vivente
Um dia eu quis viver como nunca, coisas que de mim não faziam parte. Isto chamo de sonho, ai de quem não sonha. Sonhos e ilusões se misturam muitas vezes no desejo de querer ser, porém limites destinados pela razão, quase sempre amputam as vontades mais sinceras. Racionalizar para quê? Trinta e um anos pesam, como o peso da mochila cheia de livros que carregava nos poucos anos de minha vida. A mochila, lá longe, pesava a inquietação de querer ter longos anos e viver o que avistava na vida de todas Grandes pessoas à minha volta. Num susto entrei na maquina do tempo e trinta e um anos me pesam. As costas doem...os pés se cançam...Mas quanto chão não foi pisotiado com cautela e carinho na fé da estrada possível para a felicidade e suas restrições responsáveis pela graça do dia-a-dia. Lágrimas mais pelos outros que por mim, esquentaram minha face porém, isso não me doi, não pesa, pois foram lágrimas choradas na esperança de meu ombro ser o alivio necessário em vários momentos àqueles que amei e amo. Trinta e um anos me pesam o estômago, feito a sensação do almoço de domingo na casa da avó que ha tempos não sentia o gosto e como tal, da um sono gostoso... e lembrança... a comida da amizade pesa um peso gostoso que sutenta, mas avisa que pode causar indigestão se os olhos forem maior que a vontade de ser e ter amigos. Ai cheiro de vó. Cheiro...cheiro... sempre me guiei por eles, sinto saudade cheirando no ar o amigo distante, sinto falta das viagens visualizando no cheiro as paisagens únicas que vislumbrei. Trinta e um anos pesam e como pesam! Que bom que agora pesam e arregalam meus olhos para a dieta da conduta correta, da moral estudada, dos exemplos gaugados, do desejo de SER HUMANO e de se perceber HUMANO, de ser percebido HUMANO. Trinta e um anos pesam, ao ponto de perder o equilibrio, pois os membros não sustetam o julgamento alheio guiado pela incapacidade de reconhecer-se também HUMANO. Trinta e um anos e agora pesam a somatória do desejo de atenção e compreensão. Trinta e um anos querendo ser e sendo, vivendo apesar de ilusório. Pesam agora os meses, cada dia mascaras novas caem, mascaras de mim que conhecia porém, não me reconheço nelas. Trinta e um anos pesam, um peso prazeiroso da compreensão de que SOU HUMANA.
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Eu Palco Eu Palco Eu Palco...

Espetáculo "Mulheres" 2002 - (plano alto: Carina Pereira, Talitha Mesquita, Gabriele Generoso, Patricia Chavarelli, Gabriela Santana, Thalita Reis / plano baixo: Janahina Araújo, Katia Moreira, Fabiana Lentini)
Continuas a me abençoar nos devaneios da madrugada. És cumplice.Suas crateras auditivas agradeço.
